terça-feira, 27 de dezembro de 2011

“O heli do INEM nunca teve capacidade de resposta para o concelho”

O comandante dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital garante que o verdadeiro serviço de urgência é prestado pelas corporações do concelho e que o heli estacionado em Aguiar da Beira só faz “serviço esporádico e quando está disponível”.

Oliveira do Hospital consta do conjunto de concelhos que poderá ficar privado, no período noturno, do serviço de urgência assegurado pelo helicóptero do INEM localizado em Aguiar da Beira.

Tal resulta da medida que está a ser estudada pelo INEM no sentido de paralisar o serviço noturno dos helicópteros ligeiros estacionados em Macedo de Cavaleiros, Loulé e Aguiar da Beira com o argumento de “baixa eficiência” e “gastos grandes”.

"É preciso olhar para o atual mapa dos helicópteros e perceber se a realidade da sua atividade está de acordo com aquilo para o qual foram concebidos", referiu o presidente do INEM em entrevista à agência Lusa, aludindo à reduzida produção que tem vindo a ser registada por aqueles três helicópteros que, como explicou, não estão a realizar os serviços que deviam estar a realizar, nomeadamente à noite e por dificuldades várias como a visibilidade ou as condições atmosféricas que limitam a sua atuação.

A notícia não deixa surpreendido o comandante dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital que chega até a desvalorizar a paragem do heli estacionado em Aguiar da Beira no período noturno, devido ao reduzido número de serviços que tem vindo a realizar em Oliveira do Hospital.

“O heli não abarca todas as ocorrências urgentes, faz aquele serviço que é esporádico e apenas quando está disponível”, adiantou Emídio Camacho ao correiodabeiraserra.com, assegurando que o verdadeiro serviço de urgência é o que continua a ser prestado pelas duas corporações de bombeiros do concelho.

“Somos a tropa mais barata e que está sempre presente”, continuou o comandante que não precisa dos dedos de uma só mão para contabilizar o número de vezes que o heli se desloca ao concelho num único mês.

Sem deixar de apreciar a mais valia do serviço prestado pelo heli do INEM que prima pela rapidez no transporte e por se fazer acompanhar de uma equipa especializada que presta o devido socorro, o comandante destaca a boa capacidade de resposta ao serviço da corporação que comanda, pelo facto de ali estar instalado um Posto de Emergência Médica (PEM) com uma ambulância do INEM e que, em situações de emergência, parte para o terreno com pessoal devidamente formado para prestar o primeiro socorro.

“Estamos bem servidos na área de emergência pré-hospitalar”, assegurou Camacho, garantindo que a maior parte dos serviços é prestada pelas corporações do concelho porque “o heli do INEM nunca teve capacidade de resposta para o concelho”.

Uma realidade que, segundo contou, piorou desde a deslocalização do aparelho de Santa Comba Dão para Aguiar da Beira, pelo facto de ficar afeto a uma maior área de intervenção. “Com a mudança, o heli deixou de estar tão disponível e o concelho ficou mais desprotegido”.

Este diário digital tentou obter uma posição do comandante da corporação de Lagares da Beira sobre o assunto, mas até ao momento ainda não foi possível chegar à fala com António Pinto.

Em face da quase certa paralisação dos três helis no período noturno, também a Liga de Bombeiros Portugueses reiterou hoje a sua disponibilidade para, através do reforço da rede de postos de emergência (PEM) nos seus quartéis, ser uma alternativa aos helicópteros.

In "Correio da Beira Serra"

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Bombeiros em risco de falência

O presidente da Liga de Bombeiros Portugueses (LBP) afirmou hoje que as associações já cancelaram cerca de 500 contratos com bombeiros profissionais e que esse número poderá aumentar para o dobro até Abril.

"Nós estimamos que, de há um ano a esta parte, já deve andar muito perto do meio milhar o número de contratos que foram cancelados por incapacidade financeira (das Associações Humanitárias de Bombeiros) e, se nada for feito nos próximos três meses, esse valor pode duplicar", disse.

"Se nada for feito no sentido de reverter esta situação, nós teremos uma contabilização, lá para março ou abril, de menos mil bombeiros profissionais nas Associações Humanitárias de Bombeiros", acrescentou Duarte Caldeira.

O presidente da LBP falava aos jornalistas durante a apresentação da Carta de Risco da Mitrena, elaborada pela Câmara Municipal de Setúbal em pareceria com a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

À margem da iniciativa realizada em Setúbal, Duarte Caldeira explicou que na origem do cancelamento dos contratos de trabalho estão as alterações às regras de transporte de doentes.

"Desde que foram alteradas as regras do transporte de doentes, temos vindo a verificar, de há um ano a esta parte, uma redução substancial do número de serviços e da faturação paga pelo Ministério da Saúde aos bombeiros, ao abrigo de um protocolo celebrado em 2007 e homologado pelo secretário de estado da saúde de então", disse.

"Desta situação tem decorrido, como consequência mais grave, a necessidade de reduzir postos de trabalho", reiterou Duarte Caldeira, considerando que se poderá perder o grau de profissionalização adquirido nos últimos anos para responder com qualidade e prontidão ao socorro.

Duarte Caldeira reafirmou ainda que a LBP vai participar no grupo de trabalho conjunto com o Ministério da Saúde, na sequência de um acordo celebrado entre as partes a 23 de novembro, mas defendeu a necessidade de se obterem resultados concretos, sob pena de os bombeiros avançarem para um protesto público.

"Iremos monitorizar os resultados deste grupo de trabalho na fase inicial e se as perspetivas que se apresentarem vierem a ser negativas, do ponto de vista da não reversão da situação, infelizmente - porque nunca o procurámos e sempre o evitámos - teremos de passar a uma fase seguinte, de esclarecimento massivo à população e de protesto público", frisou.

Não especificou que forma poderia assumir o protesto público dos bombeiros, mas esclareceu que a decisão final, se for esse o caso, será tomada pelo órgão próprio da LBP.

In "Económico"

domingo, 11 de dezembro de 2011

Choque frontal na estrada da Beira faz uma vítima mortal

Um choque frontal entre dois automóveis, ontem, cerca das 17H30, na EN17 (Estrada da Beira), na zona do cruzamento para a zona industrial de Oliveira do Hospital, provocou um morto e dois feridos ligeiros.

Maria Helena Pereira, 74 anos, residente em Lisboa, foi a vítima mortal desta colisão.

A vítima seguia no lugar do passageiro numa carrinha Honda Civic tendo ocorrido um chocou frontal com um Mercedes. O Honda seguia no sentido Seia–Coimbra e o Mercedes no Coimbra–Seia.

In "As Beiras"