quinta-feira, 3 de julho de 2008

Viatura da GNR envolvida em acidente grave na EN229

Um homem, de 78 anos, ficou gravemente ferido no seguimento de uma colisão em que esteve envolvida uma viatura da Brigada de Trânsito da Guarda Nacional Republicana. De acordo com os familiares, a vítima estava prestes a entrar na sua propriedade com o carro quando foi abalroado pelo militar que seguia num carro de patrulha.

Poucos dias depois de um homem ter morrido, em Lamego, após ter sido atropelado por um militar da GNR que se encontrava em serviço, um elemento daquela força de segurança, mais concretamente da Brigada de Trânsito, viu-se novamente envolvido num sinistro muito grave.
Tal como o nosso Jornal adiantou na edição de ontem, o militar terá abalroado a vítima, Mário Gomes, 78 anos, quando este ia estacionar o seu carro na garagem, atravessando, para tal, a EN229 com a sua viatura - um Mercedes com cerca de 30 anos. Segundos antes de conseguir passar o portão, foi atingido com bastante violência pelo carro-patrulha.

"Eu tinha acabado de estacionar e o meu pai seguia-me, quando olhei para trás já só vi o acidente", explicou o filho da vítima, António Gomes. "O meu sobrinho estava junto ao portão e não viu o carro da patrulha. Parece que não levava as luzes acesas"acrescentou.
Disse ainda que o militar estava a circular a grande velocidade, porque provocou elevados danos no carro do pai, arrastando-o quase uma dezena de metros antes de ficar imobilizado junto ao muro que delimita a propriedade.

De acordo com António Gomes, o militar seguia sozinho na viatura e por isso não acredita que o agente seguia em serviço. Quanto ao pai, foi desencarcerado pelos bombeiros, após cerca de meia hora, e transportado para o Hospital de Viseu, de onde foi transferido para Coimbra, apresentando diversas fracturas. Actualmente, encontra-se em coma.

O acidente está a ser averiguado pelo Núcleo de Investigação Criminal da Brigada de Trânsito da GNR. Quanto ao facto de o militar seguir sozinho no carro, fonte daquela força de segurança explicou que se trata de uma situação normal, não sendo obrigatório que todas as patrulhas sejam formadas por dois homens.

Recorde-se que a EN229 tem vindo a ser palco dos mais graves acidentes na região.

Diário de Viseu