terça-feira, 27 de março de 2007

Prémio Manuel Gouveia Serra entregue a Carlos Manuel Moura Oliveira

Instituído pela Câmara Municipal de Oliveira do Hospital como forma de perpetuar o nome do falecido Comandante Manuel dos Santos Gouveia Serra e, ao mesmo tempo, homenagear o bombeiro que mais se destacou ao serviço da corporação, o prémio com seu nome foi ante-ontem atribuído a Carlos Manuel Moura Oliveira, no valor de 750 euros. Este foi o bombeiro que, ao longo do último ano mais provas deu de dedicação ao corpo activo onde está integrado, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital (AHBVOH).



Manuel dos Santos Gouveia Serra assumiu o comando dos bombeiros em 1974 e, foi sempre um exemplo de dedicação ao voluntariado e à disciplina até à altura do seu falecimento, no Verão de 2004. Desde então, tem vindo a ser recordado por todos, e é ainda hoje apontado como responsável por incutir nos jovens o espírito do associativismo. Refira-se que a corporação de Oliveira do Hospital é das poucas do país que se pode orgulhar de contar com um corpo activo numeroso e, na sua maioria, jovem.


O valor do falecido comandante foi ainda ante-ontem, na cerimónia comemorativa do 85º aniversário da AHBVOH, invocado pelo presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital que, na ocasião, se referiu a Manuel Gouveia Serra como o criador de “um exemplo de empreendedorismo e de respeito”, realçando também a sua faceta de “pedagogo”, cuja “pedagogia pegou” na corporação de Oliveira do Hospital. Também o representante da Federação Distrital de Bombeiros felicitou a AHBVOH por “não ter esquecido um homem desta envergadura e o ter perpetuado pelos tempos”.

“Esse nome ficará gravado por muitos anos”, disse o também comandante dos Bombeiros de Penacova, que também aproveitou para saudar Teresa Gouveia Serra pelo exemplo dado por si e pelo marido, e que - como disse – “esta geração não o esquecerá”.
In Correio da Beira Serra

Comemorações do 85º aniversário e apresentação de novas viaturas

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital (AHBVOH) comemorou no passado domingo, 25 de Março, o seu 85º aniversário.

No mesmo dia, apresentou à comunidade, as três novas viaturas de que dispõe, em matéria de combate a incêndios florestais. Duas delas até já serviram no último Verão, mas só agora vão passar pela tradicional bênção de viaturas, um acto simbólico que acontece aquando da comemoração do aniversário da AHBVOH. A terceira viatura é que nunca foi usada e chegou apenas esta semana à sede dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital. Para além da bênção, as viaturas serão também apadrinhadas por aqueles que contribuíram para a sua aquisição.

A Câmara Municipal de Oliveira do Hospital e o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil foram convidados para apadrinhar uma viatura, caberá ao benemérito António Lopes apadrinhar uma segunda viatura. Da cerimónia comemorativa do 85º aniversário da AHBVOH constou ainda a romagem aos cemitérios, a missa, o momento das promoções dos bombeiros e o desfile. Depois da bênção e apadrinhamento das viaturas, deu-se início à sessão solene, momento de condecoração de bombeiros e de atribuição do prémio Manuel Gouveia Serra ao melhor bombeiro do ano. Na ocasião foi ainda entregue uma lembrança a Armando Pinto Correia que presidiu, durante os últimos 25 anos, a Assembleia-geral da Associação.

Nas cerimónias também participaram, o presidente da Câmara Municipal, o Governador Civil de Coimbra e representantes do SNBPC e da Liga de Bombeiros Portugueses.

In Correio da Beira Serra

segunda-feira, 12 de março de 2007

Exercício PROCIV 2007

A Autoridade Nacional de Protecção Civil/SNBPC realizou este fim de semana o Exercício PROCIV 2007 tendo atingido os objectivos previstos, entre os quais se destacam os testes aos sistemas de comando, controlo e comunicações, aos procedimentos das salas de operações, aos sistemas de apoio à decisão e à rapidez dos decisores nos diferentes níveis operacionais.

O exercício, de âmbito operacional e táctico, realizado em ambiente de formação, teve início pelas 9.15 horas de Sábado, envolvendo em simultâneo os 18 distritos do país.

Ao longo do dia realizaram-se seis tipos de exercícios operacionais, em cada distrito, tendo como cenários:

Acidente rodoviário que evoluiu para incêndio florestal;
Acidente rodoviário com suspeita de transporte de material poluente;
Acidente rodoviário de veículo pesado com necessidade de se efectuar o desencarceramento dos sinistrados e que evoluiu para um incêndio urbano;
Incêndio florestal;
Acidente rodoviário envolvendo o despiste de um autocarro de transporte escolar com necessidade de se efectuar o desencarceramento de sinistrados.
Acidente rodoviário com veículos pesados de transporte de matérias perigosas que evoluiu para incêndio florestal.

O exercício nacional, PROCIV 2007, o primeiro do género realizado em Portugal, envolveu no terreno um total de 6. 302 Bombeiros apoiados por 1. 528 Veículos.

A população colaborou activamente neste processo, assim como a GNR e a PSP, no que respeitou à segurança dos exercícios.

Na próxima semana realizar-se-á o debriefing com as equipas de avaliação que estiveram no terreno com vista a fazer-se a avaliação final do PROCIV 2007, e a direccionar o programa de formação que, em conjunto com a Escola Nacional de Bombeiros, se desenvolverá até ao final de Abril.

SNBPC

sexta-feira, 9 de março de 2007

Municípios recusam pagar equipas de bombeiros

O Governo quer criar, ainda este ano, 73 equipas de primeira intervenção (EPI), profissionalizadas e com disponibilidade permanente, nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Viseu, Coimbra e Guarda. Os termos em que a proposta foi apresentada à Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) suscitam, contudo, um comentário peremptório "Não tem base de discussão possível", diz Marta Soares, responsável da ANMP para a área da Protecção Civil.

O financiamento é o principal pomo de discórdia. O Ministério da Administração Interna (MAI) propõe que o custo de funcionamento das EPI, constituídas por cinco elementos, seja distribuído equitativamente por Governo e autarquias. A proposta chegou à ANMP anteontem e Marta Soares, depois de reunião para análise inicial, reage dizendo que "os municípios não vão ser 'sponsors' de iniciativas que são da responsabilidade do Governo".

Ao argumento de que os municípios têm missões específicas na área da Protecção Civil, o autarca responde reivindicando "uma negociação séria", em lugar de uma decisão unilateral. Para a ANMP há vários pressupostos errados, desde o número de elementos por equipa (considerado insuficiente) à não universalidade da proposta para todos os municípios.

Subjacentes à calendarização para "nascimento" de 203 equipas até 2009 (ver mapa), proposta pelo Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) e homologada por despacho do secretário de Estado da tutela, Ascenso Simões, estão "critérios que avaliam a realidade concreta dos riscos e das disponibilidades de recursos humanos existentes no âmbito das associações".


Riscos e recursos

No estudo foram considerados factores como a distribuição de outros recursos (como o Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro da GNR), tendo sido excluídos do modelo os concelhos que já dispõem de corporações de sapadores ou municipais.

A selecção de candidatos ficará a cargo de uma equipa indicada pela Escola Nacional de Bombeiros, estando desde já prevista a valorização de dois requisitos habilitação com carta de pesados e conhecimento da língua inglesa. Ao SNBPC cabe determinar "os princípios e a orientação geral da actividade operacional", enquanto os comandantes distritais de operações terão de articular programas formativos e "exercícios considerados indispensáveis à manutenção da operacionalidade da força". As EPI deverão também efectuar missões de planeamento, sensibilização e fiscalização.

Embora favoráveis à criação das EPI - até porque não são envolvidas no esforço financeiro -, as associações de bombeiros querem ver clarificados aspectos como a rede de subordinações hierárquicas (a nível municipal e distrital) e a contratualização. O MAI propõe contratos de três anos, findos os quais "serão avaliados os desempenhos e a manutenção", tanto da EPI como de cada um dos bombeiros.

Outra questão que levanta dúvidas prende-se com uma determinação de que "as EPI se destinam ao cumprimento das missões que são da responsabilidade do SNBPC e do MAI", podendo o desempenho de outras atribuições implicar a "cessação do protocolo". O que exclui, por exemplo, o transporte de doentes - tutelado e subsidiado pelo Ministério da Saúde. "Pedimos esclarecimentos sobre se também a emergência pré-hospitalar está incluída", acrescenta Duarte Caldeira, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses.

Para Jaime Marta Soares, "é inacreditável que estas equipas sejam vistas como servas do MAI". As restrições são, diz, "demonstrativas do descontrolo de coordenação do Governo".

In Jornal de Notícias

quinta-feira, 8 de março de 2007

Exercício Nacional "PROCIV 2007"

Trata-se de um exercício nacional planeado e conduzido com a finalidade de treinar a estrutura Operacional da ANPC, os Corpos de Bombeiros, o comando operacional integrado na resposta e dos sistemas de apoio à decisão, no quadro de intervenções no âmbito da Protecção Civil.

Neste sentido, o Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS), os Comandos Distritais de Operações de Socorro (CDOS) e os Corpos de Bombeiros, actuarão como se de situações reais se tratassem, procedendo às acções necessárias para a resolução das mesmas.

Irão ser montados ao longo do dia, nos 18 distritos, diversos cenários fictícios permitindo a tomada de acções operacionais de socorro e a sua avaliação.

Nesta avaliação a ANPC contará com a colaboração estreita da Escola Nacional de Bombeiros.



SNBPC